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Comentário ao Evangelho do Domingo da Sagrada Família de Jesus, Maria e José (Lc 2,41-52) - 27/12/15

  • Padre Guilherme da Silveira Machado
  • 26 de dez. de 2015
  • 3 min de leitura

41Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa.

42Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume.

43Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem.

44Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos.

45Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura.

46Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas.

47Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas.

48Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse: “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura”.

49Jesus respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?”

50Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera.

51Jesus desceu, então, com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas.

52E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens..


— Palavra da Salvação. — Glória a vós, Senhor.


Comentário do Padre Guilherme


Dentre as comemorações religiosas daquele tempo, havia três que sempre atraíam grande quantidade de pessoas a Jerusalém, onde ficava o templo: as festas de Tendas, Pentecostes, e Páscoa.

Pode parecer estranho que José e Maria só tenham dado falta do Menino Jesus depois de um dia inteiro de viagem. Mas o jeito das pessoas viajarem naquele tempo era em um grande grupo de pessoas, que se dividia em três grupos menores: homens, mulheres e crianças. Por isso demorou certo tempo para perceberem que Jesus não estava voltando com eles.

Aflito, o casal percorreu toda a cidade em busca do filho. Devido à festa, a cidade estava lotada de pessoas, o que explica porque demoraram três dias procurando. Esse período de três dias já parece ser prenúncio dos três dias que antecedem a futura ressurreição.

Era comum os mestres da lei ensinarem nos átrios do templo. E faziam isso em forma de diálogo, conversando com as pessoas. Dizer que Jesus tinha doze anos significa, na mentalidade judaica, afirmar que Ele já estava Se aproximando da maturidade religiosa, que era atingida aos treze anos. Assim, é compreensível Ele ter ficado nos arredores do templo, onde os mestres davam lições religiosas aos jovens que seriam reconhecidos “adultos”, com o direito de ler as escrituras na sinagoga. O Menino Jesus começou a conversar com eles, demonstrando tanta sabedoria e conhecimento da fé que os religiosos ficavam impressionados.

Quando os pais encontraram o Filho, a pergunta de Maria não parece tanto uma repreensão, mas a manifestação de uma perplexidade diante do acontecido. Diante da resposta, nem ela nem José entenderam muito bem o que o Menino disse. E, ainda que a atitude de Jesus possa ter parecido estranha, ela foi um sinal que revelou sobre a Sua identidade divina. Embora encarnado e ainda estando na condição de um menino, nunca deixou de viver em uma profunda comunhão com Deus.

Esta passagem nos leva a crer que Jesus, já em Sua infância, tinha certa compreensão a respeito de Sua divindade. Também nos faz entender que também a família de Jesus enfrentou dificuldades e atribulações dos conflitos entre pais e filhos, tão comuns a todas as famílias. O Menino, entrando na adolescência, já quer tomar decisões e agir por Si mesmo, enquanto aos pais não é fácil aceitar e compreender isso. Mas, mesmo sendo o Filho de Deus, Jesus quis ser obediente e respeitar a autoridade de seus pais terrenos. Assim, retornou para Nazaré e continuou a obedecer-lhes.

A reação de Maria, conservando e meditando os acontecimentos proféticos em seu coração, ensina que somente é possível se compreender e aprofundar sobre a fé a partir de uma atitude reflexiva e atenta.



Padre Guilherme da Silveira Machado é administrador paroquial na Paróquia de São Sebastião, em Leandro Ferreira. Apresenta os programas Caminhada na Fé, toda sexta-feira, às 14:00 horas, na Rádio Divinópolis AM 720 e Momento Mariano, aos domingos, ao meio-dia, na Rádio Santana FM 96,9.

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