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Comentário ao Evangelho da Solenidade de Todos os Santos (Mt 5,1-12a) - 01/11/15

  • Diocese de Divinópolis
  • 1 de nov. de 2015
  • 3 min de leitura

Naquele tempo, 1vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se,

2e Jesus começou a ensiná-los:

3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.

4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.

5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.

6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.

8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.

9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.

10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!

11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim.

12aAlegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.


— Palavra da Salvação. — Glória a vós, Senhor.



Comentário do Padre Guilherme

Este trecho é o início daquilo que passou a ser conhecido como “Sermão da Montanha”. O Sermão é uma série de importantes ensinamentos que vão desde o início do capítulo 5 até o final do capítulo 7 do Evangelho de Mateus. Esse longo discurso não apresenta a totalidade do que Jesus queria ensinar, porque nele faltam alguns temas importantes como, entre outros, a Cruz, a Eucaristia, a Igreja e o Espírito. Podemos dizer que o Sermão da Montanha é mais um chamado que Jesus faz para quem O quer seguir.

O termo “bem-aventurado”, que também pode ser traduzido como “feliz”, já era uma forma costumeira nos escritos do Antigo Testamento. E era usado para felicitar alguém por um dom concedido por Deus ou para anunciar a felicidade para determinada categoria de pessoas. Em Sua fala, Jesus declara quem são os que se encontram na situação mais propícia para receber o Reino de Deus.

Podemos dividir as bem-aventuranças em dois grupos. O primeiro (Mt 5,3-9) gira em torno da pobreza e do comportamento do homem; o segundo (Mt 5,10-12), relacionado à perseguição, corresponde mais à segunda fase da vida de Jesus.

Muito mais que estabelecer diferença ou rivalidade entre pobres e ricos, o ensinamento é que a pobreza interior, do coração, é uma condição necessária para se poder fazer parte do Reino de Deus.

O espírito do qual Jesus fala no versículo 3 não é o Espírito Santo, nem a inteligência, mas refere-se ao coração, o centro e a totalidade da pessoa. A pobreza em espírito é característica daqueles que as provações (tanto materiais quanto espirituais) acostumaram a só contar com o socorro de Deus.

Os aflitos do discurso não são os melancólicos ou as vítimas da opressão social. Mas os que ainda esperam a consolação definitiva, a única capaz de libertar o ser humano de suas provações.

Os mansos não são os que têm temperamento tranquilo, mas aqueles que não têm como agir devido à condição social oprimida. Jesus Se apresenta como um deles. Entre as pessoas que podem segui-Lo, podem tomar parte aquelas que também sejam vítimas da opressão.

A justiça não se trata da justiça de Deus (que virá no final dos tempos), porque Jesus nunca aconselhou mais que a espera vigilante. Nem a justiça social sobre a terra, mas a justiça prática, da vida cristã mais perfeita, que é a fonte de justiça entre os homens.

Jesus está falando para as pessoas simples: pobres, oprimidos, indefesos, marginalizados, proclamando a eles o alegre anúncio da vinda do Reino de Deus. Ou seja, que Deus irá intervir na história e fazer justiça. Não é uma exaltação da pobreza ou da miséria, mas o chamado à confiança de que Deus não deixará os que vivem nessas condições continuarem assim. Ao contrário, Ele virá em socorro.

Este início do Sermão da Montanha é um chamado que Jesus faz às pessoas que enfrentam dificuldades nesta vida a permanecerem na esperança e na confiança do amor de Deus.

Para o pensamento religioso dominante daquele tempo, as pessoas que viviam em alguma situação de privação, pobreza ou opressão, tinham essa condição porque eram destinatários da ira de Deus. Ou seja, viver em dificuldade era mais ou menos como um castigo por ter cometido algum mal.

O que Jesus chama atenção neste início do discurso é que vale a pena permanecer confiante no Criador conservando as boas intenções no coração, como a mansidão, a pureza, a misericórdia, a intenção de promover a paz. Porque quem vive assim pode ter certeza de que Deus virá em socorro das dificuldades e tribulações.


Padre Guilherme da Silveira Machado é administrador paroquial na Paróquia de São Sebastião, em Leandro Ferreira. Apresenta os programas Caminhada na Fé, toda sexta-feira, às 14 horas, na Rádio Divinópolis AM 720 e Momento Mariano, aos domingos, ao meio-dia, na Rádio Santana FM 96,9.


Fonte: Diocese de de Divinópolis

 
 
 

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